Resenha: Conselho de Amiga (Siobhan Vivian)

Conselho de Amiga Se não dá para confiar em seus amigos, em quem confiar?, por Shioban Vivian
Título original: Little Friendly Advice

Editora: Novo Conceito
Páginas: 224
ISBN: 9788563219305
Onde comprar: Submarino | Livraria Saraiva | Livraria Cultura | Fnac | Book Depository

Ruby está completando 16 anos… mas o dia especial não é tão doce quanto foi planejado. Seu pai desaparecido há muito tempo aparece e Ruby não quer ter nenhuma relação com ele. Ao contrário, ela quer sair com seus amigos — a leal Beth, a perigosa Katherine e a fofoqueira Maria. Elas dão muitos conselhos a Ruby — sobre garotos, seu pai e como ela deve se vestir e como deveria estar se sentindo. Mas, na verdade, ela não sabe o que pensar ou sentir. Especialmente quando um novo garoto entra em cena… e Ruby descobre que algumas de suas amigas não são tão verdadeiras quanto dizem.

Vi muita gente empolgada com esse livro (a autora é a mesma de Não sou esse tipo de garota), infelizmente ele não conseguiu me convencer. A história é bem fácil de entender: quatro amigas, cada uma com sua personalidade oposta à uma das outras, assim como seus problemas. Ruby é a narradora e tudo começa em sua festa de aniversário de 16 anos. A noite tinha tudo para ser ótima! Ela ia comemorar com Beth, sua melhor amiga que sempre cuidou dela desde o divórcio dos pais; Maria, a mais “saidinha” da turma que nunca dispensava uma festinha e fofoca; e Katherine, que nem era tanto sua amiga, mas tambem estava tendo que lidar com a separação dos pais.

Na hora da festa aparece um convidado inesperado: seu pai. Depois de anos sem dar notícias, sem ao menos se comunicar com Ruby ao sua mãe, ele dá as caras e Ruby não sabendo como se sentir sai correndo. Ela começa a repensar se deveria procurar o pai, ouvir o que ele poderia ter a dizer, mas suas amigas, principalmente Beth insistem que é perda de tempo e ela deveria ignorar que isso aconteceu e seguir em frente, mas a saudade da época quando sua família era completa ainda a atormenta.

A escrita é simples e faz com que a leitura seja rápida – até demais. Apesar das 224 páginas, o livro me pareceu ser bem mais curto. Senti falta de detalhes – entender onde a história se passava, como eram os lugares, a aparência das personagens… Esse falta tornou a leitura um pouco “solta” e desinteressante pra mim; admito que me forcei um pouco para terminar de ler.

O enredo também me deixou meio decepcionada. A sinopse me deu uma ideia que a trama ia ser emocionante mesmo que “comum” (como me senti quando li Bela Maldade), mas quando pensei que ia ficar realmente emocionante (aquela hora que não conseguimos guardar o livro pra amanhã), a história tomou outro rumo que achei mais desinteressante.

Percebi que muita fala e expressões ficaram meio perdidas com a tradução. Sabe quando lemos um trecho que soaria bem melhor em inglês e em português ficou meio forçado? Pois é, aconteceu muito, infelizmente, e acabou travando um pouco a fluência dos eventos. Enfim, não odiei, não amei, mas também não gostei a ponto de recomendar ou ler de novo.